O Brasil é um país cheio de diferenças culturais, e isso se expõe na dança. Cada região brasileira têm uma cultura e por isso apresenta um estilo diversificado de dança. São ritmos alegres com roupas e cenários populares de cada região. A cultura do Centro- Oeste brasileiro é bem diversificada, pois recebeu contribuições principalmente dos indíginas, paulistas, mineiros, gaúchos, bolivianos e paraguaios. Agora vamos conhecer um pouco sobre a história, a relação sociocultural e as manifestações rítmicas da Região Centro-Oeste. São manisfestações culturais típicas da região: Catira, Chupim, Cururu, Siriri, Engenho de Maromba, Cavalhada, Recortado e etc. ...
- CATIRA: A Catira é uma dança brasileira de origem desconhecida. Ela é realizada por homens que, estando em frente um para o outro, sapateiam e batem palmas no ritmo da viola. Primeiramente, o violeiro começa a dança e os homens que vão dançar fazem um passo que consiste em bater o pé e a mão e depois dar seis pulos. O violeiro passa a entoar a moda de viola e os homens continuam a executar os passos da dança, que recebem o nome de “Serra Abaixo” e “Serra Acima”. A Catira termina quando eles executam o passo chamado Recortado e as duas fileiras mudam de lugar, sendo que o violeiro passa de uma extremidade a outra.
- CHUPIM: Essa dança é realizada com três pares e utiliza o ritmo das danças paraguaias devido à proximidade com esse país. O movimento feito pelo homem imita as asas do pássaro, que tem o mesmo nome da dança, quando ele tenta conquistar sua fêmea. São utilizadas castanholas para dar o ritmo da dança que utiliza os movimentos de tourear o par, dançar e rodar.
- CURURU: É uma dança realizada por homens que dançam para homenagear os santos e citam passagens bíblicas. Além disso, eles comentam acontecimentos políticos e cumprimentam a população enquanto dançam.
"Cururu Antigo"
Me falô os antepassado
De uma lenda que existiu:
Santo Onofre e São Gonçalo Um dia esses dois reuniu.
Da barba de São Gonçalo
Retiraram 12 fio;
Encordoaro na viola
Com toêra e canotio.
Desse dia por diante
Foi que o cururu existiu.
De uma lenda que existiu:
Santo Onofre e São Gonçalo Um dia esses dois reuniu.
Da barba de São Gonçalo
Retiraram 12 fio;
Encordoaro na viola
Com toêra e canotio.
Desse dia por diante
Foi que o cururu existiu.
(Pedro Chiquito)
- Indumentária: Não é exigida uma indumentária padronizada(usa-se roupa típica da região).
- Coreografia: Formam-se duas filas, uma de frente para a outra tocando viola. Afastam-se um dos outros dando dois passos para a direita e dois passos para a esquerda, transformando a fila em círculo.
- SIRIRI: A origem do termo siriri é incerta. Para alguns estudiosos vem da palavra otiriri, que designa um entremez do século XVIII, em Portugal. Outros acreditam expressar um tipo de cupins de asas. A expressão corporal e a coreografia transmitem o respeito e o culto à amizade, por isso é conhecido como dança mensagem. A dança lembra as brincadeiras indígenas, com ritmo e expressão hispano-lusitana.
- Indumentária: Não é exigida uma indumentária padronizada(usa-se roupa típica da região).
- Coreografia: Dança de pares com formação em círculo ou fileira. Na dança de roda a coreografia básica consiste em movimentar-se em círculo, batendo-se as mãos espalmadas nas mãos dos dançarinos que estão à direita e à esquerda. Enquanto gira a roda, os dançarinos vão respondendo aos tocadores, que conduzem o canto. Na dança em fila, a coreografia básica é formada por duas fileiras dispostas frente a frente, damas de um lado e rapazes do outro (no caso da participação de ambos os sexos). Contudo, a despeito de não estarem dispostos em círculo, o mesmo processo de bater as mãos espalmadas acontece. Geralmente a dupla que está em uma das pontas da fila, sai dançando por entre a fileira, sendo seguida pelos demais membros até que todos retornem aos lugares de origem.
- ENGENHO DE MAROMBA: Essa dança lembra um valseado e imita os passos dados no engenho de cana. Há fileiras de homens e mulheres que ficam rodando em sentido contrário. Os versos cantados durante as coreografias são mais tristes e, por isso, ela costuma ser executada no fim das festas.
- CAVALHADA: É uma tradição de torneios, onde os aristocratas exibiam em espetáculos públicos, sua valentia. Também tem sua origem associada com as lutas religiosas conhecidas como Cruzadas.
- Indumentária- Roupa azul para uns cavaleiros, e vermelha para outros. Com chapéus ornamentados, e nas mãos, manejo com espadas ou bastões. Seus cavalos, muito enfeitados, trazem pendurados latinhas que produzem um barulho característico quando a galope.
- Coreografia: Numa grande arena de forma retangular, 12 cavaleiros cristãos, (com roupa azul), enfrentam outros 12 cavaleiros mouros(de vermelho). O início da disputa é gerado pelo rapto de uma princesa, que evoca a Ilíada, de Homero, épico que conta a história da Guerra de Tróia.
- RECORTADO: O Recortado lembra o Cateretê, do qual recebe influência, embora contraste com este pela sua vivacidade e por ser mais movimentado. É mais dançado no Brasil Central. O Recortado tando pode ser executado com ou sem canto.
- Indumentária: caipira típica da região.
- Coreografia: o Recortado é dançado às vezes em fileiras opostas com danças de fileira que acabam se transformando em roda. Nesta dança os cavalheiros dançam sapateando e dando umbigada ora para a direita, ora para a esquerda. Trocam de lugares, têm passos cruzados acompanhados de palmas.
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