segunda-feira, 17 de junho de 2013

CONTEÚDOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA - 5º ANO



MANIFESTAÇÕES CULTURAIS DAS REGIÕES DO BRASIL
Região Nordeste



região Nordeste, local da chegada dos colonizadores portugueses, e foco dos maiores encontros raciais: indígena, afro-descendente e europeu. Aproveitando a proximidade do Dia do Folclore – 22 de agosto, conheça um pouco mais dele.

Dentre os elementos integrante


s da cultura nordestina, podemos destacar a dança, religião, festas populares e tradições, mitos e lendas, literatura, comidas típicas, etc. Saiba mais sobre alguns deles:

Danças:

Frevo: famosa pelos movimentos rápidos de trocas de pernas e seus guarda-chuvas coloridos, é a dança típica do Recife, Olinda e região.

Maculelê: dança executada apenas por homens, que se movimentam batendo seus bastões de madeira, produzindo um som que ritma a música entoada por eles.

Região Nordeste

Danças: frevo, bumba-meu-boi, maracatu, baião, capoeira, caboclinhos, bambolê, congada, carvalhada e cirandas.

Festas
:: Senhor do Bonfim, Nossa. Senhora da Conceição, Iemanjá, na Bahia; Missa do Vaqueiro, Paixão de Cristo, em Pernambuco; romarias - destaca-se a de Juazeiro do Norte, no Ceará.

Tradições:


Lavagem do Bomfim: exemplo das grandes festas populares de fundo religioso, esta acontece na primeira quinta-feira do ano, na Igreja de Nosso Senhor do Bonfim, em Salvador, misturando o sagrado e o profano. A festa originalmente católica conta com ampla participação das mães de santo do Candomblé, com seus vasos de água de cheiro e pipoca dando banhos nos participantes e lavando as escadarias da igreja. Depois da festa religiosa, vem a festa secular, que conta com festas em todo o bairro onde se localiza a Igreja.

Literatura de Cordel: gênero originado dos "repentes", cancioneiro construído da improvisação, com a diferença que o repente é cantado (oral), enquanto o Cordel é escrito. Seus poemas descrevem os mais variados assuntos, desde a vida do sertanejo até as mazelas sociais

 

HISTÓRIA, RELAÇÃO SOCIO CULTURAL E MANIFESTAÇÕES RÍTMICAS DA REGIÃO NORTE




 
 
 
O Brasil  é um país cheio de diferenças culturais, e isso se expõe na dança. As principais danças típicas têm forte ligação com a religiosidade e os fatores históricos. De norte á sul, a dança é uma forma de o povo brasileiro expressar sua alegria. Cada região brasileira têm uma cultura e por isso apresenta um estilo diversificado de dança. São ritmos alegres com roupas e cenários populares de cada região. Agora vamos conhecer um pouco sobre a história, a relação sociocultural e as manifestações rítmicas da Região Norte que é constituída por sete estados, são eles:
 


 
 


 
 


 
 
 

A região norte é conhecida por possuir muita influência dos índios, pois, muitas lendas e histórias surgiram da imaginação fértil das tribos indígenas dessa região.  Nesta região encontramos danças como o Carimbó, Siriá, Retumbão, Maçarico, Boi-Bumbá,  Boi-de-máscaras, Ciranda do Norte,  Marujada, Xote Bragantino, Vaqueiros do Marajó, Marabaixo ...












ALGUMAS DANÇAS TÍPICAS DA REGIÃO NORTE
    
 - CARIMBÓ: É um estilo musical de origem indígena porém, recebeu outras influências por causa da miscigenação cultural dos negros africanos, Portugueses, e etc.




 

 
 
 

 Indumentária: As mulheres usam uma blusa com gola nos ombros e saia de tecido estampado, o mais colorido possível. Nos cabelos, uma rosa, e nos pulsos, pulseiras coloridas. Os homens, calças claras e camisa colorida, mangas compridas, sendo que a ponta da camisa é amarrada na cintura.



 
 
 
 Coreografia: A dança começa com os pares em fileiras de mulheres e homens de frente uns para os outros. Os homens convidam com palmas as mulheres a formar a roda. Os casais de dançarinos fazem um grande círculo com sua dança, onde as mulheres rodam segurando as saias rodadas e as jogando em direção ao homem, que tende a se esquivar da saia da parceira.



 
 
 
 
 


- SIRIÁ: Dança feita pelos escravos por gratidão aos Deuses. Diz a lenda, que haviam uns escravos que eram muito maltratados passavam fome, certa vez eles famintos foram a praia pescar e lá chegando, surpreenderam-se com a quantidade de siris que estavam na areia, e que não ofereciam a menor resistência ao serem pegos. Eles ficaram muito gratos, e logo providenciaram uma dança para agradecer.




 

 
 
 

 Indumentária:As mulheres ficam descalças e usam blusa branca, as saias rodadas e estampadas, pulseiras e colares de contas e sementes, e enfeites floridos na cabeça. Os homens, também descalços, vestem calça branca ou preta e camisas coloridas pontas amarradas na frente. Eles usam ainda um pequeno chapéu de palha enfeitado com flores.



 
 
 
 Coreografia: No começo, o andamento é lento. Aos poucos, à medida que os versos vão se desenvolvendo, e cresce a velocidade.a coreografia que obedece às indicações dos versos, e é muito parecido com os passos do carimbó.




 
 
 
 


- MAÇARICO: Dança do estado do Pará que leva o nome de uma ave amazônica cujo o corpo é desproporcional em relação às pernas que são muito compridas e finas. As mulheres imitam os movimentos da ave.






 
 
 

 Indumentária: As roupas são bem ornamentadas saias curtas e blusinhas coloridas. Não há padrão específico de cor de roupa para o Maçarico.



 
 
 
 Coreografia: São os versos cantados pelos participantes que indicam os passos a serem dados. Os movimentos se repetem de acordo com o assunto tratado no determinado momento.



 
 
 
 


- BOI-BUMBÁ/ BUMBA-MEU-BOI: Uma dança que constitui-se de uma forma de diversão dramatizando a fragilidade do homem e a força do boi. Representa a história de um homem e um boi. Diz a lenda, que um fazendeiro que tinha um boi de raça, muito bonito e que sabia dançar. A esposa de Negro Chico(homem que trabalhava na fazenda), fica grávida e sente desejo de comer a língua do boi, então ele rouba o boi para levar a língua, acontece, que neste intervalo o boi havia adoecido, então os pajés(índios curandeiros), foram chamados para cura-lo, e depois de várias tentativas, conseguem curar o boi, que se levanta alegremente e começa a dançar. Então o fazendeiro perdoa Negro Chico.




 
 
 
 
  
 
 
Indumentária: BOI- Feito de couro bordado com miçangas coloridas e canutilhos.OS VAQUEIROS- Vestem chapéu e roupas de couro. ÍNDIO - Trajam roupas confeccionadas com penas, e cocares, ou então a indumentária é confeccionada com fios de saco de náilon.

Coreografia: Os vaqueiros e os demais formam um cordão, (exceto nos sotaques de zabumba e orquestra), onde o boi se posiciona no centro da roda e fazem reviravoltas. o Amo (dono da fazenda), pode ter a função de cantor.




 

 

 
 
 
- BOI -DE -MÁSCARAS: É uma espécie de carnaval em junho e esse boi exclusivíssimo acontece na paraense São Caetano de Odivelas, 120 km ao norte de Belém. O boi chama-se Tinga, nome de famoso garanhão marajoara. Foi da Ilha de Marajó que os compadres Laudelino Zeferino e Tito Dalmácio trouxeram o esqueleto de uma cabeça de boi achada no pasto. Levaram a Odivelas para os festejos joaninos. Com 65 anos de tradição, da cabeça sobraram os chifres e parte da queixada.  Além do boi, tem os Tripas (as pernas do boi); o Buchudo, roupa cheia de trapos e tralhas; o Cabeçudo e o Pirru.




 

 

 
 
 
 



 

 
  
- Indumentária: O boi tem de adorno somente uma fita no pescoço. O Pirru com sua máscara: nariz de Pinocchio, bigodinho, costeleta de malandro; coroa cônica, brilhante de lantejoulas, que termina em haste enfeitada de flores e fitas.




 
   
  Coreografia: À frente, os "Cabeçudos" puxam a alegria e quando dançam, as mangas soltas e as pernas rodopiam feito um dervixe maluco.



 
 
 
 


Samba do Boi






 
 


Senhora dona de casa
Saia fora vem olhá,
Que o Boi Tinga vem chegando aqui
Na frente de seu lar
Vaqueiro corre, pega
A vara de cundão
Amansa o Tinga que a moçada
Qué brincá vibrando
Com aplaudío de mão
Pirru
Brinca pelo amor e
A moçada recebe amorosa
(Marcimiano Monteiro da Silva, maestro odivelense)




 

 
 
 
- CIRANDA DO NORTE: Dança que se expressa por meio de um conjunto de cantigas de roda, que se mistura xote e valsa. Não há limite para o número de pessoas que podem participar.




 

 
 
 

 Indumentária: Mulheres usam blusa com babados e mangas soltas, com saias rodadas, estampadas abaixo do joelho e anáguas de renda Os homens usam camisas estampadas sociais combinando com a saia da dama e calça preta, branca ou azul. Ambos dançam de Chapéu de palha de abas curtas.
 Coreografia: É dançada em círculos, que giram somente para um lado. Coloca-se o pé esquerdo atrás e à frente. Em seguida, o direito dá um pulinho ou avança para o lado, complementando o passo. Imitam os movimentos das ondas do oceano




 
 
 
 


- MARUJADA: Manifestação religiosa. Essa dança ocorre por ocasião dos festejos de São Benedito. É uma quadrilha dançada em roda.




 

 
 
 

 Indumentária: As mulheres usam blusas brancas de manga comprida com babados nas pontas, saia comprida e rodada, uma faixa larga de fita vermelha de gorgorão, com uma grande rosa do mesmo material.O chapéu, é de palha, forrado de tecido branco, onde ficam as flores feitas de penas de pato, brancas. Essas flores cobrem o chapéu inteiro, e as abas prendem doze fitas largas, de cores diversas, bem compridas. Os homens vestem calças e camisas brancas com um laço de fita de cetim vermelho amarrado no braço direito. Usam chapéu de palha, revestido de morim branco.



 
 
 
 Coreografia: Forma-se um círculo. No centro da roda dançam um ou mais pares. O objetivo é passar a saia por cima da cabeça do parceiro. Se a dama consegue, ele é substituído por outro. Se não o consegue, ela é que é substituída por outra dançarina.

 
 





Cultura da Região Norte
 
 
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Os estados que compõem a região Norte do Brasil são: Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. Essa é a maior região brasileira em extensão territorial (3.853.397,2 km²), corresponde a aproximadamente 42% do território nacional e seu contingente populacional é de 15 milhões de habitantes, composto por indígenas e imigrantes: gaúchos, paranaenses, paulistas, nordestinos, africanos, europeus e asiáticos.

Todos esses fatores contribuem para a pluralidade cultural, composta por diversas danças, crenças, comidas, festas, dentre outros aspectos que integram a cultura de um povo.

Os índios realizam inúmeros rituais, cada tribo expressa sua crença e tradição, havendo diferenciação nos elementos culturais. Em suas celebrações, os índios normalmente, se pintam e usam vários acessórios, por motivos de vaidade ou questões religiosas.

 
 
 


Celebração indígena




O Círio de Nazaré é uma das maiores e mais belas procissões católicas realizadas no Brasil e no mundo. Reúne, anualmente, cerca de dois milhões de romeiros numa caminhada de fé pelas ruas da cidade de Belém, capital do estado do Pará, ato representado por um grandioso espetáculo em homenagem a Nossa Senhora de Nazaré, a mãe de Jesus.

A Festa do Divino é de origem portuguesa. Uma da mais cultuadas em Rondônia, reúne centenas de fiéis nos meses de abril, maio e junho, proporcionando um belo espetáculo. Os festejos iniciam-se após a quaresma, com a saída da bandeira do Divino. A bandeira é vermelha e possui uma pomba branca, além de várias fitas coloridas.

Jerusalém da Amazônia é a segunda maior cidade cenográfica do mundo, onde se encena a Paixão de Cristo durante a Semana Santa. Esse é outro evento cultural de fundamental importância, realizado na região Norte.

A Folia de Reis é uma manifestação cultural muito comum nos estados que compõem a referida região, na qual se comemora o nascimento de Jesus Cristo, encenando a visita dos três Reis Magos à gruta de Belém para adorar o Menino-Deus. Dados relacionados a essa festa, afirmam que sua origem é portuguesa e tinha um caráter de diversão, simbolizando a comemoração do nascimento de Cristo.

 
 


Os Três Reis Magos




Na cidade de Taguatinga, localizada no sul do estado do Tocantins, as Cavalhadas acontecem durante a festa de Nossa Senhora da Abadia, nos dias 12 e 13 de agosto. O ritual inicia-se com a benção do sacerdote aos cavalheiros, juntamente com a entrega das lanças usadas nos treinamentos para a batalha ao imperador, simbolizando que estes estão preparados para se apresentar em louvor a Nossa Senhora da Abadia e em honra ao imperador. É a representação de uma batalha de cunho religioso entre mouros e cristãos,  na qual estes últimos acabam vencendo, e ocorre a submissão dos mouros ao cristianismo.

O Congo ou Congada é uma manifestação cultural de origem africana, mas com influência ibérica no que se refere à religiosidade. É popular em toda a região Norte do Brasil, durante o Natal e nas festividades de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito.
A congada é a representação da coroação do rei e da rainha, eleitos pelos escravos, e da chegada da embaixada, que motiva a luta entre o partido do rei e do embaixador. Vence o rei, perdoa-se o embaixador. O término ocorre na igreja com a realização do batizado dos infiéis.

O Boi-Bumbá é uma vertente do Bumba Meu Boi, muito praticado no Brasil. É uma das mais antigas formas de distração popular. Foi introduzido pelos colonizadores europeus, correspondendo à primeira expressão de teatro popular brasileiro.
O Festival de Parintins é um dos maiores responsáveis pela divulgação cultural do Boi-Bumbá, realizado desde 1913. No Bumbódromo apresentam-se as agremiações Boi Garantido (vermelho) e o Boi Caprichoso (azul), sendo destinadas a elas três horas para cada apresentação. São três noites de apresentação, nas quais são abordados, através das alegorias e encenações, aspectos regionais, como: lendas, rituais indígenas e costumes dos ribeirinhos. Anualmente, aproximadamente 35 mil pessoas prestigiam essa manifestação cultural.

 
 


Festival de Parintins




O artesanato no Norte é bem diversificado e os trabalhos são produzidos com fibras, coquinhos, cerâmica, pedra-sabão, barro, couro, madeira, látex, entre outros. São produzidos bichos, colares, pulseiras, brincos, cestarias, potes, etc.

Destacam-se os trabalhos artesanais indígenas, muito utilizados como enfeites, para compor a indumentária usada nos rituais e também para a produção de utensílios domésticos e na comercialização. Os Karajás são excelentes artesãos da arte plumária e cerâmica. Os Akwe (Xerente) são considerados o povo do trançado (cestaria) e os Timbiras (Apinajé e Krahô), são especialistas na arte dos trançados e artefatos de sementes nativas do cerrado.

O capim dourado é muito utilizado pelos artesãos tocantinenses, é uma planta exclusiva do estado, sendo mais comum no Jalapão. Na produção dos artesanatos são feitas bolsas, potes, pulseiras, brincos, mandalas, chapéus, enfeites e suplast. Hoje são confeccionados aproximadamente 50 tipos de produtos, com uma característica peculiar - todos com formatos arredondados porque a fibra não permite ser dobrada.

 
 


Artesanato realizado com capim dourado




A culinária é influenciada pela cultura indígena, baseada na mandioca e em peixes. A carne de sol é bastante consumida pela população. Nas cidades de Belém e em Manaus, o tacacá é tomado direto na cuia indígena, espécie de sopa quente feita com tucupi, goma de mandioca, jambu (um tipo de erva), camarão seco e pimenta de cheiro. O tucupi é um caldo da mandioca cozida e espremida no tipiti (peneira indígena), que acompanha o típico pato ao tucupi, do Pará. Outros elementos da culinária nortista são: tapioca, farofas, canjica, mingau, mundico-e-zefinha (doce de cupuaçu com queijo de Marajó, feito com o leite de búfala), ariá (espécie de rabanete), etc.
 
 


 
Cultura da Região Nordeste
 
 
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Os estados que compõem a região Nordeste são: Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe. Esse complexo regional apresenta grande diversidade cultural, composta por manifestações diversificadas. Portanto, serão abordados alguns dos vários elementos culturais da região em destaque:

O carnaval é o evento popular mais famoso do Nordeste, especialmente em Salvador, Olinda e Recife. Milhares de turistas são atraídos para o carnaval nordestino, que se caracteriza pela riqueza musical e alegria dos foliões.

 
 
 


Carnaval de Olinda




O coco também é conhecido por bambelô ou zamba. É um estilo de dança muito praticado nos estados de Alagoas, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte. A dança é uma expressão do desabafo da alma popular, da gente mais sofrida do Nordeste brasileiro. É uma dança de roda ou de fileiras mistas, de conjunto, de pares, que vão ao centro e desenvolvem movimentos ritmados.

O maracatu é originário de Recife, capital de Pernambuco, surgiu durante as procissões em louvor a Nossa Senhora do Rosário dos Negros, que batiam o xangô, (candomblé) o ano inteiro. O maracatu é um cortejo simples, inicialmente tinha um cunho altamente religioso, hoje é uma mistura de música primitiva e teatro. Ficou bastante conhecido no Brasil a partir da década de 1990, com o movimento manguebeat, liderado por Chico Science e Nação Zumbi, Mundo Livre S/A, entre outros.

O Reisado, ou Folia de Reis, é uma manifestação cultural introduzida no Brasil colonial, trazida pelos colonizadores portugueses. É um espetáculo popular das festas de natal e reis, cujo palco é a praça pública, a rua. No Nordeste, a partir do dia 24 de dezembro, saem os vários Reisados, cada bairro com o seu, cantando e dançando. Os participantes dos Reisados acreditam ser continuadores dos Reis Magos que vieram do Oriente para visitar o Menino Jesus, em Belém.

As festas juninas representam um dos elementos culturais do povo nordestino. Essa festa é composta por música caipira, apresentações de quadrilhas, comidas e bebidas típicas, além de muita alegria. Consiste numa homenagem a três santos católicos: Santo Antônio, São João e São Pedro. As principias festas juninas da região Nordeste ocorrem em Caruaru (PE) e Campina Grande (PB).

 
 


Festa junina em Campina Grande (PB)




Bumba meu boi é um festejo que apresenta um pequeno drama. O dono do boi, um homem branco, presencia um homem negro roubando o seu animal para alimentar a esposa grávida que estava com vontade de comer língua de boi. Matam o boi, mas depois é preciso ressuscitá-lo. O espetáculo é representado por um boi construído em uma armação de madeira coberta de pano colorido. Ao final, o boi é morto e em seguida ressuscitado.

O frevo surgiu através da capoeira, pois o capoeirista sai dançando o frevo à frente dos cordões, das bandas de música. É uma criação de compositores de música ligeira, especialmente para o carnaval. Com o passar do tempo, o estilo ganhou um gingado composto por passos soltos e acrobáticos.

Quilombo é um folguedo tradicional alagoano, tema puramente brasileiro, revivendo a época do Brasil Colônia. Dramatiza a fuga dos escravos que foram buscar um local seguro para se esconder na serra da Barriga, formando o Quilombo dos Palmares.

A capoeira foi introduzida no Brasil pelos escravos africanos e é considerada uma modalidade de luta e também de dança. Rapidamente adquiriu adeptos nos estados nordestinos, principalmente na Bahia e Pernambuco. O instrumento utilizado durante as apresentações de capoeira é o berimbau, constituído de arco, cabaça cortada, caxixi (cestinha com sementes), vareta e dobrão (moeda).

 
 


Roda de Capoeira




A festa de Iemanjá é um agradecimento à Rainha do Mar. A maior festa de Iemanjá ocorre na Bahia, no Rio Vermelho, dia 2 de fevereiro. Todas as pessoas que têm "obrigação" com a Rainha do Mar se dirigem para a praia. Nesse evento cultural há o encontro de todos os candomblés da Bahia. Levam flores e presentes, principalmente espelhos, pentes, joias e perfumes.

Lavagem do Bonfim é uma das maiores festas religiosas populares da Bahia. É realizada numa quinta-feira do mês de janeiro. Milhares de romeiros chegam ao Santuário do Senhor do Bonfim, considerado como o Oxalá africano. Existem também promessas católicas de "lavagens de igrejas", nas quais os fiéis lavam as escadarias da igreja com água e flores.

O Candomblé consiste num culto dos orixás que representam as forças que controlam a natureza e seus fenômenos, como a água, o vento, as florestas, os raios, etc. É de origem africana e foi introduzido no país pelos escravos negros, na época do Brasil colonial. Na Bahia, esse culto é chamado de candomblé, em Pernambuco, nomeia-se xangô, no Maranhão, tambor de menina.

 
 


Candomblé




A Literatura de Cordel é uma das principais manifestações culturais nordestinas, consiste na elaboração de pequenos livros contendo histórias escritas em prosa ou verso, sobre os mais variados assuntos: desafios, histórias ligadas à religião, política, ritos ou cerimônias. É o estilo literário com o maior número de exemplares no mundo. Para os nordestinos, a Literatura de Cordel representa a expressão dos costumes regionais.

A culinária do Nordeste é bem diversificada e destaca-se pelos temperos fortes e comidas apimentadas. Os pratos típicos são: carne de sol, buchada de bode, sarapatel, acarajé, vatapá, cururu, feijão-verde, canjica, tapioca, peixes, frutos do mar, etc. As frutas também são comuns, como por exemplo: manga, araçá, graviola, ciriguela, umbu, buriti, cajá e macaúba.

O artesanato da região Nordeste é muito variado, destacam-se as redes tecidas, rendas, crivo, produtos de couro, cerâmica, madeira, argila, as garrafas com imagens produzidas de areia colorida, os objetos feitos a partir da fibra do buriti, entre outros.

 
 


 
Cultura da Região Sul
 
 
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Fortemente influenciada pela cultura dos imigrantes europeus, a região Sul do Brasil apresenta grande pluralidade cultural. Os estados integrantes são: o Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina. Os imigrantes europeus começaram a chegar ao fim do século XIX e contribuíram para o desenvolvimento econômico da região, baseado na pequena propriedade rural de policultura.

Essa região apresenta elementos culturais dos índios (primeiros ocupantes do território), espanhóis e portugueses (colonizadores), negros (escravos). Posteriormente, os imigrantes alemães, italianos, açorianos, eslavos, japoneses, entre outros, contribuíram para a diversidade cultural do Sul do Brasil.

Entre as manifestações culturais dessa região estão:

Rio Grande do Sul
Os gaúchos dos pampas, ou das cidades, formam um povo rico em tradições. Grande parte dos seus aspectos culturais é oriunda dos imigrantes alemães, que habitaram a região por volta de 1824. Os italianos, espanhóis e portugueses também contribuíram para a riqueza cultural desse estado.

Entre as principais características culturais do gaúcho estão: a bombacha, o lenço, o poncho, e o chimarrão.

 
 
 


Chimarrão




A festa de Nossa Senhora dos Navegantes, de origem portuguesa, é realizada em Porto Alegre no dia 2 de fevereiro, no rio Guaíba, onde centenas de barcos e milhares de fiéis devotos participam da procissão fluvial.
Algumas cidades do Sul celebram as tradições dos antepassados em festas típicas, como a Festa da Uva, em Caxias do Sul (RS).

Paraná
Apresenta aspectos culturais dos imigrantes alemães, italianos, poloneses, ucranianos, holandeses, etc. Eles influenciaram fortemente a cultura do estado.

As principais festas culturais do Paraná são: cavalhada, congada, dança ou fandango de São Gonçalo, festa da cerejeira, festa do Divino, coroação de Nossa Senhora, festa de São Benedito, entre outras.

Um dos pratos típicos do Paraná é o barreado, um cozido de carne, prato caboclo típico do litoral. Ele é preparado com carne bovina, toucinho e temperos colocados em uma panela de barro. Ela é enterrada e acende-se por cima, uma fogueira. Após 12 horas de cozimento, a iguaria está pronta.

 
 


Barreado




Santa Catarina

Em Santa Catarina há uma grande quantidade de casas com arquitetura tipicamente europeia, além da arquitetura, os imigrantes do velho continente contribuíram na cultura vinhateira, na triticultura (cultura com trigo), linho, algodão, cânhamo e mandioca.

Alguns eventos culturais são marcantes, e mobilizam várias pessoas. O boi-de-mamão, por exemplo, vai do Natal ao Carnaval. Começa com as prendas e pedidos de ajuda e termina com a morte e ressurreição do boi.

A Oktoberfest, em Blumenau (SC), é uma festa de origem alemã, tradicional festa da cerveja. Esse evento atrai milhares de turistas.

 
 


Oktoberfest




Outro elemento da cultura de Santa Catarina é a dança de fitas, uma tradição milenar, o qual consiste num pau de fita, cujo mastro é sustentado no centro da dança por um menino. Da ponta do mastro saem pares de fita, cujas figurações se atém ao ato de trançá-las, girando e dançando em torno do mastro central.

Em Santa Catarina o boi na vara ainda é praticado, sendo uma espécie de tourada. O boi, preso a uma vara com corda, investe num boneco até o esgotamento. Outras vezes, soltam os animais e os homens saem correndo, derrubam o boi e despedaçam-no.

 
 


 
Cultura da Região Centro-Oeste
 
 
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A região Centro-Oeste é composta pelos estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e pelo Distrito Federal. Sua cultura é bem diversificada, com elementos da cultura indígena, dos imigrantes paulistas, mineiros, gaúchos, bolivianos e paraguaios.

As principais manifestações culturais no estado de Goiás são: a Procissão do Fogaréu e as Cavalhadas.

A Procissão do Fogaréu ocorre na cidade de Goiás durante as comemorações da Páscoa, realizadas na quarta-feira da Semana Santa. Esse evento simboliza a busca e a prisão de Cristo. Atrai aproximadamente 10 mil turistas, sendo o único lugar do Brasil que realiza essa manifestação cultural.

Em Pirenópolis, ocorre uma das mais significativas Cavalhadas do Brasil, é uma apresentação teatral ao ar livre que representa uma batalha medieval entre cavalheiros cristãos (vestidos de azul) e cavalheiros mouros (vestidos de vermelho). Essa é uma das principais atrações turísticas da Festa do Divino de Pirenópolis.

 
 
 


Cavalhadas em Pirenópolis




Outro elemento da cultura goiana é o tear manual, que em muitos lugares tornou-se peça de museu. No entanto, em alguns municípios goianos ainda são encontradas tecelãs confeccionando várias peças de tecido, agora valorizadas pelo turismo.
A culinária destaca-se pelos pratos típicos, como a galinhada com pequi e guariroba, o empadão goiano e os diversos frutos do cerrado.

O Mato Grosso apresenta como manifestação cultural o cururu, que pode ser dançado ou em forma de desafio entre violeiros. A dança é realizada somente por homens em círculos, ao som da viola de cocho, o reco-reco e o ganzá. Já os desafios são feitos por dois repentistas, e o tempo é determinado pelo público. É um evento realizado, principalmente, durante as festas do Divino e de São Benedito.

 
 


Cururu




Outros elementos da pluralidade cultural do Mato Grosso são: Siriri, Rasqueado Cuiabano, Viola-de-Cocho.

Destacam-se como elementos da culinária mato-grossense: o bolo de arroz, mojica de pintado, Maria Isael e farofa de banana.

O artesanato é bem diversificado, destacam-se os objetos produzidos através da cerâmica, as redes bordadas, as bolsas elaboradas com capim-dourado, a viola-de-cocho, entre outros.


Os elementos culturais do Mato Grosso do Sul apresentam grande semelhança com os do Mato Grosso. Destacam-se as danças, como o cururu, siriri e guarânia. As festas juninas são comemoradas com apresentações de quadrilhas, numa tentativa de resgate folclórico.

A culinária recebe bastante influência do Paraguai, desse país vem o gosto pelo mate gelado, ou tererê. Também de influência paraguaia, são as chipas (espécie de pão de queijo) e a sopa paraguaia. De origem boliviana, as salteñas, pastéis assados e recheados com frango, são outro prato de grande importância da culinária estadual. Destacam-se também na culinária local: o arroz carreteiro com guariroba, pamonha de milho verde e os pratos à base de peixes.

 
 


Arroz carreteiro




O Distrito Federal tem sua população composta por imigrantes de todas as regiões do Brasil, esse fato interfere diretamente na sua construção cultural. Apresenta grande diversidade na culinária, sotaques, costumes, comidas típicas e músicas. São principalmente nordestinos, goianos, mineiros e paulistas, os responsáveis pela caracterização cultural do Distrito Federal.
 
 

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